Por Rodolfo Avelino, Colunista do Blog Lecom
Cada vez mais presente em nossa vida, a INTERNET, que já foi reconhecida como um direito humano pela ONU em 2011 vem passando por mais uma evolução. Entretanto, esta evolução não se refere a um avanço específico na tecnologia, mas a um conjunto de técnicas de layout, navegação e interação com suas páginas, ou seja, os seus serviços disponíveis. Estamos na era da Web semântica, ou simplesmente definida por alguns especialistas como Web 3.0.
A INTERNET que conhecemos hoje só começou a ser disseminada com o surgimento do World Wide Web (WWW), apresentado no início dos anos 90 pelo inglês Tim Beners-Lee. Ninguém poderia imaginar que esta invenção pudesse mudar, em um curto espaço de tempo, as relações sociais, culturais, educacionais, comerciais e ser reconhecida por especialistas como a 3ª Revolução Industrial e protagonista na Sociedade do Conhecimento. Este marco foi reconhecido como a primeira versão da INTERNET, ou simplesmente, WEB 1.0. Esta fase surge a partir do WWW e tem como características sites estáticos e atualizados com pouca frequência, não promovendo interatividade em seus serviços. Nesta época, a INTERNET era muito similar aos meios de comunicação tradicionais como TV, Rádio ou mídia impressa, o visitante era um sujeito passivo na Web.
Já na WEB 2.0, o avanço dos aplicativos e da capacidade de processamento e armazenamento dos computadores pessoais, aliados ao aumento das taxas de transmissão de dados na INTERNET permitiu uma mudança na experiência de navegação dos usuários na Web. Em conjunto a este avanço, a digitalização de bens culturais, sobretudo a forma de distribuição e compartilhamento destes, possibilitou o surgimento de uma nova cultura de consumo, com ênfase na colaboração em rede e na troca de conteúdos entre os internautas. São exemplos, as redes P2P (peer-to-peer) de compartilhamento de música e vídeo e as redes de colaboração como as de desenvolvimento de software livre e artigos enciclopédicos.
Vivenciamos a Web Semântica, ou Web 3.0, que se baseia na capacidade dos softwares identificarem os conteúdos existentes na Web, os representando de uma maneira que os computadores sejam capazes de interpretá-los. Por meio destas representações surgem tecnologias para automação, integração e reúso da informação devolvendo resultados mais objetivos e personalizados a cada vez que se fizer uma pesquisa.
A próxima geração, inicialmente conhecida como Web 4.0, já está sendo desenvolvida e sua principal característica é a integração e a troca de informações entre equipamentos, sobretudo, os móveis. Suportando e consolidando a geração da INTERNET das coisas. Neste sentido, podemos concluir que a INTERNET hoje representa tanto um conjunto de redes de interesses sociais, comunidades e de tecnologias, e seu sucesso é largamente atribuído à satisfação das necessidades básicas das pessoas.
Rodolfo Avelino é Mestrando em TV Digital pela UNESP Bauru, Diretor da ONG Coletivo Digital e professor da Faculdade Impacta.
Fonte: http://www.bloglecom.com.br/2013/12/20/internet-suas-evolucoes/
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