Por Michelle Dias Forão - dez/2014
Boa tarde Adriano.
Interessante publicizar o que foi pontuado via e-mail. Para quem não sabe do processo; sabemos da supra importância de contextualizar e colocar as ponderações apresentadas no e-mail.
A profissão nos coloca um desafio fundante que é a reflexão, o questionamento, a análise conjuntural seja no cotidiano profissional, na docência e outros espaços de participação da categoria, que antes de ser AS somos sujeito de direito e devemos ser participe e protagonistas das questões emanadas da sociedade (que também são nossas).
Entendo que a dinâmica cotidiana e as prioridades é que define a participação ou não do/a profissional no espaço do conselho ou em qualquer outro, principalmente quando se trata da questão de gênero que bem sabemos, que há de duas há três jornadas de atribuições que a mulher exerce nesse curto período de 24horas!
Bom, acho que para iniciar gostaria de pontuar duas questões: Participação da categoria em outros movimentos, coletivos e partidos - Tenho pleno acordo que devemos optar pelos espaços que vamos nos organizar/militar e, quem já militou ou milita em fóruns do movimento sabe da necessidade de organização e existência desta ferramenta de luta dos trabalhadores, pois nela emana necessidades sociais, violações de direitos, construções de táticas de enfrentamento e posicionamento por um outra sociabilidade que bem expressa em nosso Código de Ética ‘sem dominação, exploração de classe, etnia e gênero’ .... Porém quando se trata das questões pertinentes a profissão temos os Conselhos Regionais/Seccionais e Federal de Serviço Social.
Para quem não sabe os conselhos de classe foram criados pelo estado para fiscalizar o exercício profissional em prol da qualidade dos serviços prestados à população. É uma autarquia, máquina burocrática e fiscalizadora, mas com um viés político, mobilizador desde a década de 80 colocando a defesa do exercício profissional vinculado a qualidade dos serviços prestados, bem como a compreensão da nossa profissão enquanto classe trabalhadora que também sofre a flexibilização, precarização das condições de trabalho e salário. E para isso há instâncias deliberativas de ação regimental, sendo uma delas a Assembleia. Esta é soberana.
Anualmente ocorrem 2 assembleias, sendo uma no primeiro semestre que debate ações a serem discutidas e deliberadas para o Encontro Descentralizado e Nacional do Conjunto, eleições de delegados e outras questões que se fizer necessário. No segundo semestre, realiza-se a prestação de contas, proposta da anuidade levantada pelo Conselho, apresenta a peça orçamentária, receitas e despesas, os planos de ação contruídos pela Sede e Seccionais ( regimentais e política de acordo com o que foi deliberado no Encontro Nacional) para realização no ano seguinte. Sendo estas modificadas, caso a categoria manifesta-se contrário. Vale ressaltar que a Assembleia é soberana.
Infelizmente há pouca participação da categoria neste processo e nas ações regionais, debates políticos em defesa da profissão nos espaços de ocupação. Importante informar que as assembleias ocorrem aos sábados e as informações estão disponíveis no site do Cress.
Quanto ao valor da anuidade, esta tão questionada (compreendo completamente), concordamos que o valor se comparado ao míseros salários dos/as AS’s geram impacto na forma de pagto, mesmo ‘facilitando em até 6 vezes sem juros’, pois temos as nossas necessidades de sobrevivência que são prioridades.
Você pode ter a certeza que essa questão foi debatida de forma árdua no Fórum de dirigentes (Antecede a Assembleia que reune Diretores e bases de todas as Seccionais e Sede). Porém com todos os gastos de encargos, manutenção da máquina, o fracasso da campanha Cfess/Cress em SP para quitar a anuidade e saldar dívidas e fora o grau de inadimplência os gastos apresentados pelo Contador do Conselho, mostrou a inviabilidade de se continuar garantindo algumas ações políticas que tanto a direção quanto a base tem participação.
Importante pontuar como você bem disse que nos últimos três anos houve reajustes, porém por sete anos a categoria votou por não reajustar a anuidade e isso acarretou e tem acarretado um impacto expressivo no orçamento do Conselho.
Quanto ao acesso as atas da Assembleia e a prestação de contas o Cress tem tornado público, até porque é uma exigência do TCU.
Ah! Pra quem é da região do ABCDMRR pode procurar a Seccional para ter acesso aos registros das nossas reuniões de direção, com a categoria, atividades ocorridas durante o ano para conhecimento e apreciação.
Quanto a comunicação, de fato é horrível rs... mas essa gestão tem pontuado e priorizado na reformulação desta ferramenta tão necessária à categoria.
Por fim a Seccional ABCDMRR, a qual faço parte com os demais integrantes deixamos aberto para a categoria participar e discutir sobre as questões pertinentes a profissão, ao exercício profissional, ao fortalecimento do nosso projeto. Basta procurarmos estratégias de tempo para garantir tal participação.
Por isso em breve estaremos disponibilizando o calendário das nossas reuniões que ocorrerão uma vez no mês aos sábados na Seccional do ABCDMRR. Nada impede de pensarmos em ações e horários alternativos para criação de núcleos, discutir demandas dos espaços socioocupacionais, propor ações para a categoria na região e outras que se fizerem necessários.
Espero contar com a sua participação e dos/as demais colegas! A gestão participativa procura enfatizar que o CRESS é da categoria e deve ser ocupada por Ela.
Forte Abraço
Segue abaixo o link da fanpage da Gestão Participativa