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segunda-feira, 1 de novembro de 2010

E agora é o 3o. TURNO

Por Roberto Rodrigues de Andrade Junior
Presidente do Conselho Municipal de Assistência Social  de Santo André -SP (2010/2011)



Começa agora a parte mais difícil das eleições, realizarem o que foi prometido em campanha. Porém cabe a cada um de nós ficarmos atento e cobrar com tamanha energia quanto foi na campanha, seja lá de que lado estava.
Porém temos muitas esperança de mais avanços, pois felizmente a Dilma venceu as eleições, realmente ela poderá ser uma incógnita já que não sabemos bem quem ela é, mas sabemos bem quem seria ele na presidência, que agora não vai precisa mais abandonar o mandato sem terminar quando enjoar da cadeira, como fez depois de brincar de deputado, prefeito e governador.

QUEM GANHOU COM ESSA ELEIÇÃO?

  • Primeiramente o POVO, o mais simples, que melhorou de vida, que nunca pode viver tão bem como agora, de poder comer melhor, ter suas coisas, garantia de emprego, estudar e ver seus filhos(as) estudando e ainda poder sonhar com mais futuro.
  • A DILMA, pois sendo uma ilustre desconhecida se elegeu presidenta da 8ª. Economia do mundo.
  • O LULA, “analfabeto” para alguns, gênio para mim – terminar o mandato com 85% de aceitação em ótimo e bom é coisa inédita na nossa história, aliás, ter quase 90% nesse patamar durante o mandato também, poderíamos dizer que é pra poucos? Não, até agora temos que dizer que é só pra ele, ninguém até agora. E tão importante quanto isso é ser assim respeitado no mundo todo, parabéns presidente, continue assim “ analfabeto”, alias depois dele deveria ser pré-requisito pra ser presidente, já que seus antecessores eram todos bem “alfabetizados” e vejam o buraco onde nos levaram..
  • O BRASIL  que vai poder continuar crescendo também para os menores.
  • OS RICOS, segundo o próprio presidente, nunca ganharam tanto como agora.
  • A CAMPANHA POLÍTICA, já que as baixarias mentirosas e difamatórias do PSDB não conseguiram vencer a esperança, alias a realidade. ( embora em muitos momentos o PT não fez a campanha dos sonhos, também não subiu muito o nível dela).

QUEM PERDEU COM ESSA ELEIÇÃO ?

  • POUCA GENTE, já que ela vai ser presidenta de todos(as).
  • SERRA, que no fundo não é tão mal, mas que está com partidos errados, baixou demais a campanha e sai reduzido com dela.
  • OS ATORES E ATRIZES que agora ganham à concorrência do Serra como ator no papel fraquinho de goleiro Rojas ( chileno), que cena patética aquela do Rojas e agora pior do Serra.
  • A GLOBO que representa o atraso dos MCS que não entende seu papel de comunicação e se colocam ( como sempre) do lado de oligarquias escusas de poder pra meia dúzia de privilegiados.
  • Infelizmente a NOSSA IGREJA,  que por conta de algumas pessoas que  só não racharam a instituição porque a Igreja é maior que eles, mas que dividiram ainda mais suas fileiras, alguns que só sabem o que é o poder ditatorial que decide por todos(as) e que impede aos leigos(as) e fiéis o papel de pensantes na suas vidas e no Reino de Deus. Com quem será que aprenderam agir assim? Com Deus não foi...
  • O PSDB, que igual ao PFL, ARENA tende a sumir do cenário político, vão ter que se mexer muito para não implodir  o partido, ou talvez mudar de nome com fez o DEM.
  • MEIA DÚZIA de pessoas das altas classes que não se conformam que muitas vidas sejam resgatadas, valorizadas e elevadas da sobrevida e mendicância condenada por eles.

Parabéns a todos(as) que votaram na Dilma e também no Serra, agora vamos continuar trabalhando por um Brasil melhor, com condições de vida e vida em abundancia para todos(as). Se ela não é a presidenta do sonhos que seja uma boa presidenta da realidade. Passada a campanha vamos novamente nos juntar, somos todos brasileiros(as), ..."somos todos iguais, braços dados ou não.... vem vamos embora que esperar não é saber, quem sabe faz a hora não espera acontecer"...

Abraços
Roberto

Fotos do site terra.com.br

A imprensa perdeu



Por Luciano Martins Costa em 1/11/2010
Comentário para o programa radiofônico do OI, 1/11/2010



Os principais jornais do país anunciam a vitória da candidata petista Dilma Rousseff como a última obra do presidente Lula da Silva.
Estado de S.Paulo é o mais explícito: "A vitória de Lula", diz a manchete. O Globo se arrisca em adivinhações: "Lula elege Dilma e aliados já articulam sua volta em 2014", diz o jornal carioca. A intenção é claramente minimizar o cacife político da presidente eleita. Já a Folha de S.Paulo destaca o fato de o Brasil ter escolhido a primeira mulher "e primeira ex-guerrilheira" para a Presidência da República.
Lendo as edições do domingo e de segunda-feira (1/11), alguém que estivesse desembarcando no Brasil depois de três meses de viagem nem chegaria a desconfiar que a imprensa havia sido, até a véspera, protagonista das mais ativas na campanha eleitoral.
Desejo manifesto
Os jornais inauguram a semana pós-eleitoral com cara de jornais, não dos panfletos em que se transformaram nos últimos meses. Cada um conforme seus recursos, os diários tentam interpretar a vontade das urnas e adivinhar o que virá a ser o futuro governo. No entanto, alguns pontos em comum podem ser ressaltados.
A chamada grande imprensa procura afirmar que a oposição, apesar de derrotada na eleição principal, cresceu em número de eleitores, mesmo perdendo na maioria dos estados. A maioria feita pela candidata governista no Congresso Nacional seria equilibrada pela eleição de governadores oposicionistas nos estados mais populosos, segundo interpretam os jornais.
Como sempre, o viés ideológico direciona as escolhas da imprensa, que perdeu a disposição para arriscar opiniões fora da sua própria caixinha de convicções. Basta lembrar como foi a manada de adesões ao governo central nas duas eleições do presidente Lula da Silva para colocar em dúvida as afirmações dos jornais sobre a suposta solidez do bloco oposicionista.
Com o histórico do adesismo que marca a República desde a redemocratização, parece arriscado demais apostar em configurações de forças políticas com base no resultado quente das urnas. No caso, essas análises representam muito mais a manifestação dos desejos da imprensa, de não parecer assim tão derrotada pela realidade da votação, do que a expressão de uma visão realista do resultado eleitoral.
Dissimulando a derrota
Os jornais citam o desgaste que foi produzido nas bases da oposição por conta de divergências entre o candidato derrotado José Serra e o senador eleito de Minas Gerais Aécio Neves, considerado por analistas do próprio PSDB como o grande trunfo desperdiçado pela campanha oposicionista.
Sobram indícios de que os dois personagens criaram um fosso intransponível entre si, e que daqui para frente a consolidação da carreira de Aécio Neves implica a diminuição do papel a ser exercido por Serra.
Some-se a isso o fato de que Serra também tem divergências com o governador eleito de São Paulo, Geraldo Alckmin, para se construir uma análise muito menos animadora sobre o seu futuro como líder da oposição. Além disso, ainda resta dentro do armário o esqueleto do suposto dossiê que teria sido montado no período da escolha do candidato do PSDB, e que teve como objetos de bisbilhotices pessoas ligadas a José Serra.
Serra perdeu em Minas Gerais e ninguém sabe quanto desses votos foram para a candidata oposicionista como vingança dos mineiros pela maneira como ele passou por cima das ambições políticas de Aécio Neves.
A imprensa também destaca que o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, anda fazendo planos para se descolar de seus padrinhos políticos e prepara o lançamento de um novo partido, montado com os restos da liderança do peemedebista Orestes Quércia no estado.
Assim, em poucas linhas, pode-se observar que os principais jornais do país, que tiveram praticamente todo o final de semana para preparar suas análises pós-eleitorais, perderam a oportunidade de surpreender o eleitor explorando as amplas possibilidades que se armam nas relações políticas com a vitória de uma candidata que nunca havia disputado uma eleição, cuja biografia tinha tudo para reduzir suas chances de vitória – dado o conhecido conservadorismo da imprensa e de grande parte do eleitorado – e que foi vítima de uma campanha sórdida e preconceituosa.
Não há como dissimular o papel da imprensa tradicional no jogo sujo que termina. Também fica difícil disfarçar o ressentimento da imprensa com o resultado das urnas. Não há análise, por mais que se pretenda distanciada, que esconda o fato de que a imprensa tradicional foi fragorosamente derrotada nestas eleições.