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terça-feira, 16 de setembro de 2014

A semântica assassina da homofobia

A semântica assassina da homofobia

Por Alex Antunes – dom, 14 de set de 2014
Fonte: https://br.noticias.yahoo.com/blogs/alex-antunes/a-semantica-assassina-da-homofobia-024027721.html

Nesta sexta-feira foi preso o lavrador Andrie Maycon Ferreira, assassino do garçom João Donati. O crime ocorreu na quarta-feira, em Inhumas, na região metropolitana de Goiânia. As primeiras notícias davam conta de um bilhete homofóbico deixado no corpo, e de indícios de tortura, como as pernas quebradas da vítima. A polícia depois desmentiu o bilhete e a tortura.

Uma onda de textos “aliviados” (sem trocadilho), como este aqui, comemoraram o fato do assassino ter tido relações sexuais com a vítima, o que descaracterizaria as alegações de homofobia. O mesmo tipo de inquietação contaminou as declarações do delegado, que afirmou que era possivelmente um crime “passional”, mas certamente não homofóbico.

Vamos nos ater ao depoimento do assassino confesso. Andrie admite que teve relações sexuais com a vítima, que conheceu no mesmo dia; mais que isso, que tem relações sexuais com outros homens. “Eu não matei ele por ele ser gay. Eu até gosto, não tenho nada contra eles. O problema foi que ele quis fazer gracinha comigo”, disse. Epa. “Eles” quem, Andrie? Você faz sexo gay, tudo indica que você é gay.

A “gracinha” em questão é que João teria tentado tratar Andrie como “passivo”, invertendo as posições. Aqui entramos em um território bizarro. Sabemos de uma alegação patriarcal recorrente de que o “gay ativo” não é bem gay, porque ele não se deixa penetrar. Isso recentemente virou até a teoria g0y (escrito assim, com um zero no lugar do o), uma autodenominada filosofia que se diz hétero, mesmo que se pratiquem carinhos entre homens, incluindo masturbação e até sexo oral.

Ora. Temos um ASSASSINATO provocado por questão que é quase semântica. Para João, que se dizia gay, era natural variar os papéis. Para Andrie, que não se diz gay apesar de transar com homens, seu ato de fúria foi provocado por ser confundido… com um gay. Um passivo. Um “fêmeo” (sendo que fêmeo não existe, e nem o clichê patriarcal que associa mulher e passividade procede)..

Não creio que o depoimento do assassino alivie em nada o problema de quem se diz contra a “conspiração gay”, muito pelo contrário. Os moralistas tentam traçar entre eles e o assassino um risco, ao dizerem que foi um problema entre dois gays (o que o delegado quer chamar de maneira forçada de “crime passional”, onde não havia paixão nenhuma). Mas esse traço de separação na verdade está entre o assassino e a vítima. E deixa os fundamentalistas e o assassino do mesmo lado: o de quem tem um profundo desconforto com o sexo entre homens.

Como diz o especialista internacional em direito e sexualidade Daniel Borrillo no livro Homofobia – História e Crítica de um Preconceito”, muitos homens que assumem um papel ativo na relação com outros homens não se consideram homossexuais (…) Mas não basta ser ativo, é preciso que a penetração não seja acompanhada de afeto, pois isso coloca em perigo a imagem de sua masculinidade. Eis então como, a partir de uma negação, vários homens, mesmo tendo relações homossexuais regulares, podem recusar toda e qualquer identidade gay e ser homofóbicos. O ódio serve à reestruturação de uma masculinidade frágil, que necessita se reafirmar por meio do desprezo dos outros-não-viris: o frouxo e a mulher”.

É esse problema entre o tesão e a semântica que os g0ys tentam resolver, ao “decretarem” que são héteros, e reduzirem toda a homossexualidade e homoafetividade ao uso que dá ao ânus masculino. As suas seriam manifestações de afeto viril, com raízes na antiguidade clássica, como explica este site. Sem fiofó, é tudo muito macho. As soluções patriarcais, como sempre, são totalmente formais e fetichistas.

A admiração recíproca masculina tem dessas armadilhas. E o futebol tem muito a ver com isso. Esta semana, o site do Coríntians publicou um manifesto anti-homofobia. “Pelo fim do grito de ‘bicha’ no tiro de meta do goleiro adversário. Porque a homofobia, além de ir contra o princípio de igualdade que está no DNA corinthiano, ainda pode prejudicar o Timão”, diz um trecho da nota.

A origem do manifesto poderia ser um alerta do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) sobre o comportamento dos torcedores – ainda no clima da exclusão do Grêmio da Copa do Brasil por causa das ofensas racistas da torcida contra o goleiro Aranha. Ou, numa tese mais conspiratória, nas provocações contra o jogador Elias, que segundo um boato teria provocado o corte de Maicon da seleção brasileira ao ter um caso com ele.

Evidentemente a vida sexual de Maicon e Elias não interessaria a ninguém. Mas o frisson futebolístico com brincadeiras (homo) sexuais não cessa jamais. Há uma pergunta que fica no ar com o manifesto do Coríntians (publicado ainda por cima num timbre oficial ridículo, absolutamente descalibrado com o assunto e com o tom informal do texto). A pergunta é: existe alguma graça no futebol se não se puder gritar “chupa”, e chamar os “rivais” sãopaulinos de “bambis”? Eu diria que não. A principal graça do futebol é o frisson do fiofó.

Assim como tem muito mais gay não-praticante por aí do que parece – exatamente os que querem parecer que não são. Ao “denunciarem” as preferências alheias, ou mesmo ao simplesmente não conseguirem deixar de abordar o assunto com um humor tenso, eles se denunciam. É só olhar para quem acha preferência sexual um grande problema – ou uma grande piada. Eu arriscaria dizer que a homofobia é quase sempre auto-homofobia, sensação de inadequação. E isso mata

quinta-feira, 4 de setembro de 2014

O Método

Yolanda Guerra, já sinalizava em seu livro “Instrumentalidade do Serviço Social”, a necessidade de compreendermos com profundidade, não só a realidade conjuntural em, que vivemos, mais apontava que esta realidade é parte do sistema capitalista, que por natureza traz em si a desigualdade expressa na “Questão Social” como condicionante de sua existência; ou seja para existir o capitalismo é necessário algum grau de desigualdade, é situação “si ne qua non”. Logo o profissional de Serviço Social, comprometido com as garantias ético-politicas, teórico-metodológicas e técnico-operativas inscritas nos princípios do seu “Código de Ética”, precisa ter por premissa que todo e qualquer instrumento e ou instrumental que utilize, está também condicionado a sua existência dentro desta realidade conjuntural de desigualdade capitalista; bem como nossa própria ação e prática profissional também o é. Guerra, nos provoca como profissionais comprometidos com a mudança, e analisar a fundo os objetivos e finalidades das instituições em que estamos inseridos, tanto quanto os instrumentos, métodos e teorias que utilizamos para efetivar tal mudança, pois do contrário, ainda que “inconsciente”, mesmo imbuídos de um discurso “critico” acabamos por reforçar o processo de desigualdade inerente aos objetivos originais do capital.

Entendendo que muitos dos nossos instrumentos são “pré-existentes”, assim como as instituições nas quais estamos inseridos, compreender seus “reais” objetivos nos dá condições de desdobrar os limites e possibilidades da atuação profissional, direcionados por um olhar e reflexão que constrói a mudança com os recursos disponíveis na ação, e na institucionalidade; promovendo de forma criativa a releitura do instrumento e assim como do método. Peguemos como exemplo uma cadeira, só para ser simples, é fato que foi feita para sentar; se eu quiser usa-la com outro objetivo que não seja sentar, é bom que eu compreenda os limites e possibilidades de um objeto que foi feito para sentar sendo utilizado para outra finalidade. Deste modo, posso utilizar a cadeira para outro objetivo, por exemplo, como “plataforma” para trocar uma lâmpada? Claro que sim..., bom depende do tipo de cadeira, do material de qual é feita, do “objetivo para o qual foi feita”, ou seja a cadeira é um objeto “Intencionado”, foi feito com uma “Intenção”, então para que eu possa “Instrumentaliza-la” e propor uma nova “Intenção” sobre ela, é necessário compreender a fundo sua finalidade original; evitando que o uso indiscriminado do “objeto” me leve a experiências desagradáveis, e fora do meu controle, bem longe daquilo que eu “objetivava fazer”, assim ao invés de eu usar o objeto, ele é quem me usa.

Não cabe aqui o espanto, isso é muito comum no dia a dia profissional, por este mesmo motivo é que é cobrado e necessário, uma reflexão constante da relação “Teoria e Prática” na formação profissional, para que em momentos como esse, que não são poucos, possamos estar atentos aos “novos instrumentos” propostos em nossas instituições, atentos para os “métodos mágicos” que resolverão todos os ´problemas do nosso dia a dia de trabalho. Recentemente em um determinado municipio os tecnicos foram “apresentados”, a uma proposta, aprovada pela gestão; de aproximação e apropriação do “território” pelos CRAS. Ressaltando, que de fato aproximar-se e apropriar-se do “território” é de fundamental importância para o trabalho dos CRAS, conforme dispõe a Política de Assistência Social. No entanto na raiz da proposta, encontra-se como base metodológica de intervenção, o “Método Ver, Julgar e Agir”; para quem não conhece ou não se lembra trata-se de um instrumental de Analise, Planejamento e Ação muito utilizado pela Igreja Católica nas décadas de 1970 e 80, em especial modo pelos Grupos da Pastoral de Juventude e Comunidades Eclesiais de Base. O que em última análise não lhe tira o mérito.

Na ação desses grupos, buscava-se as orientações e instrumentos para a organização e o trabalho com jovens na Igreja no Método Ver, Julgar e Agir (Rever e Celebrar – Etapas acrescidas em uma reedição do livro original) do Padre Jorge Boran, descrito em seu livro "Juventude o Grande Desafio", de 1980. A dinâmica é o trabalho com pequenos grupos de jovens, onde estes pudessem se conhecer e tornar-se também um grupo de vivência comunitária e participação social, segundo os princípios cristãos da Igreja Católica; os Grupos de Base.

O Método Ver, Julgar e Agir, Rever e Celebrar; é um método criado para auxiliar grupos juvenis a objetivar sua ação dentro do espaço pastoral e social, uma forma de planejamento: O Ver, é definido como o momento em que o Grupo "olha", "levanta" a realidade que o cerca, com o máximo de detalhamento possível. O Julgar, seria confrontar esta realidade levantada com os fundamentos éticos, morais, religiosos e sociais do Grupo, no sentido de efetivar uma análise da realidade e construir possibilidades de ações que a modifiquem ou não segundo o "julgamento" do Grupo. O Agir, é a efetivação desse julgamento, percebendo que neste momento é que se faz um Plano de Ação; logo fazer este plano, dentro do método já é considerado área do Agir. Por fim, tem ainda o Rever, que é o momento de avaliar todo o processo, e o Celebrar, que, principalmente, dentro de um espaço eclesial, é um momento não apenas de ritual mais também de comemoração do que se aprendeu com as experiências possibilitadas durante toda a ação.

Estas etapas do método, são apresentadas deste modo “didático” para facilitar a compreensão de suas características próprias e sua integração no conjunto do método, no entanto, sua operacionalização na Pastoral da Juventude, era algo apreendido em todos os momentos de interação nos grupos, onde as etapas não se apresentavam desta forma, passo a passo, mais de um modo dinâmico e cíclico.

Bem, compreendamos agora este “Método” que ancora a proposta de “aproximação dos CRAS com o território”, como sendo a “cadeira” a qual usei como exemplo acima: Este “Método”, sem perder seus méritos, respondem a uma determinada realidade, dentro de um determinado momento histórico. Podemos ainda apontar que seus procedimentos conduzem o “usuário do método”, para uma análise de cunho moral e estigmatizante do território, e por conseguinte da população que a habita; promovendo um julgamento centrado no indivíduo e não na realidade conjuntural sobre o qual está submetido dentro da sociedade capitalista, ora vitimizando-o, ora cupabilizando-o e quando muito propondo que o processo de “mobilização de atores locais”, designe ações coletivas para solução dos problemas “INIQUIDADES SOCIAIS" conforme descrito na proposta apresentada. Como se estes moradores fossem eles os únicos responsáveis para efetuar este enfrentamento. Por fim, a aplicação “strictu sensu” do “Método Ver, Julgar e Agir”, contribuirá para que o CRAS e o “Estado” que ele representa, “Instrumentalize” o território, não para um processo de autonomia, mais de dependência da ação desta Política.

Assim como no caso da “Cadeira”, a utilização sem reflexão teórica deste método, contribuirá com certeza, para que ao invés de construirmos uma relação de autonomia e cidadania por parte dos moradores do território; poderemos de fato contribuir para ampliação e fortalecimento das desigualdades sociais e na dependência do Estado. Por fim ressalta-se que esta experiência, aplicada ao serviço público na área de saúde, contribuiu em muito para constituição e desenvolvimento de “Grupos de Terapia Comunitária”. Estes grupos, utilizando de métodos e instrumentais dos mais diversos, e de forma quase sempre “ecléticos”, são espaços de preocupação para os CRESS e o CFESS, que rechaçam esta prática que nada se identifica com o Serviço Social, tão pouco com seu projeto Ético Político.

Este exercício reflexivo sobre as contradições, métodos, instrumentos, instrumentais e a instrumentalidade da prática do Assistente Social, nada fácil no cotidiano profissional é essêncial para garantia dos Princípios do código de ética profissional, em especial modo no 6º Principio “Opção por um projeto profissional vinculado ao processo de construção de uma nova ordem societária, sem dominação-exploração de classe, etnia e gênero.”

Todos os princípios do Código de Ética denotam essa opção, de uma forma clara e contundente. Optar, escolher, posicionar-se frente a um problema ou situação e decidir sobre o caminho a seguir, traz uma responsabilidade e comprometimento com esta opção, melhor dizendo: “não ficar em cima do muro”. Logo busca pela liberdade, a justiça social e a democracia; afirmadas no Código de Ética significa opor-se a toda ação que leve ao contrário.

Afirmar esses valores, já é algo revolucionário, se levarmos em conta que o Código de Ética foi construído no início da década de 90, em um contexto de abertura política, e este ainda em seu processo inicial, portanto com ranços e vícios dos anos de velhos paradigmas.

É opção, mais não solta e desgarrada de um objetivo. É opção por um Projeto Profissional. O que distingue é a continua construção e reconstrução cotidiana da práxis, onde o profissional não é um ser pronto e acabado, mas um profissional em projeto, compreendendo sua inserção no movimento dialético da história. Um projeto que não se acaba em si, mas transforma-se sempre.

Opção por um projeto profissional, que em construção, interage também para a construção de uma Nova Ordem Societária.

Enquanto opção, afirma que a ordem vigente não condiz com seus valores essenciais, e portanto vinculado ao compromisso com uma nova ordem de liberdade, de justiça e de democracia.

Opção pela Não Dominação-Exploração de Classe, Etnia e Gênero. É opção pela EQUIDADE SOCIAL, pelo não prevalecimento, e por tanto, opção pelos excluídos. Este princípio determina o tipo de relacionamento social a ser estabelecido por este projeto profissional, numa nova ordem social.

Ao fazermos a releitura deste princípio percebesse a carga de responsabilidade o agir profissional implica e solicita ao assistente social para o real compromisso no exercício de sua profissão.

Cabe a nós, profissionais de Serviço Social, e demais outras profissões que constituem os quadros da Política Pública de Assistência Social, e que vem de longa data, contribuindo para equidade, o laicismo da política como forma de garantia de direitos plenos aos cidadãos. buscar discutir e querer compreender melhor, os reais objetivos que estes Métodos e Práticas implicam, tanto para nosso papel profissional, quanto para a autonomia do cidadão.

Por: José  Adriano M C Marinho/08/2014
Professor da Universidade de Guarulhos
Professor da Universidade Anhanguera

O QUE É O PLEBISCITO PELA CONSTITUINTE?

(Texto recebido por email do Amigo Sandro B. O.)

O que é um Plebiscito Popular?

 Um Plebiscito é uma consulta na qual os cidadãos e cidadãs votam para aprovar ou não uma questão. De acordo com as leis brasileiras somente o Congresso Nacional pode convocar um Plebiscito.

 Apesar disso, desde o ano 2000, os Movimentos Sociais brasileiros começaram a organizar Plebiscitos Populares sobre temas diversos, em que qualquer pessoa, independente do sexo, da idade ou da religião, pode trabalhar para que ele seja realizado, organizando grupos em seus bairros, escolas, universidades, igrejas, sindicatos, aonde quer que seja, para dialogar com a população sobre um determinado tema e coletar votos.

 O Plebiscito Popular permite que milhões de brasileiros expressem a sua vontade política e pressionem os poderes públicos a seguir a vontade da maioria do povo.

 O que é uma Constituinte?

 É a realização de uma assembleia de deputados eleitos pelo povo para modificar a economia e a política do País e definir as regras, instituições e o funcionamento das instituições de um Estado como o governo, o Congresso e o Judiciário, por exemplo. Suas decisões resultam em uma Constituição. A do Brasil é de 1988.

 Porque uma Constituinte Exclusiva e Soberana do Sistema Político?

 Nos meses de Junho e Julho de 2013 milhões de jovens brasileiros foram às ruas para lutar por melhores condições de vida, inicialmente contra o aumento das tarifas do transporte, mas rapidamente a luta por mais direitos sociais estava presente nas mobilizações, pedia-se mais saúde, mais educação, mais democracia. Nos cartazes, faixas e rostos pintados também diziam que a política atual não representa essa juventude, que quer mudanças profundas na sociedade brasileira.

 As mobilizações das ruas obtiveram conquistas em todo o país, principalmente com as revogações dos aumentos das tarifas dos transportes ou até diminuição da tarifa em algumas cidades, o que nos demonstrou que é com luta que a vida muda! Mas a grande maioria das reivindicações não foram atendidas pelos poderes públicos.

 Não foram atendidas porque a estrutura do poder político no Brasil e suas “regras de funcionamento” não permitem que se avance para mudanças profundas. Apesar de termos conquistado o voto direto nas eleições, existe uma complexa teia de elementos que são usados nas Campanhas Eleitorais que “ajudam” a garantir a vitória de determinados candidatos.

 A cada dois anos assistimos e ficamos enojados com a lógica do nosso sistema político. Vemos, por exemplo, que os candidatos eleitos têm um gasto de Campanha muito maior que os não eleitos, demonstrando um dos fatores do poder econômico nas eleições. Também vemos que o dinheiro usado nas Campanhas tem origem, na sua maior parte, de empresas privadas, que financiam os candidatos para depois obter vantagens nas decisões políticas, ou seja, é uma forma clara e direta de chantagem. Assim, o ditado popular “Quem paga a banda, escolhe a música” se torna a melhor forma de falar do poder econômico nas eleições.

 Além disso, ao olharmos para a composição do nosso Congresso Nacional vemos que é um Congresso de deputados e senadores que fazem parte da minoria da População Brasileira. Olhemos mais de perto a sua composição:

mais de 70% de fazendeiros e empresários (da educação, da saúde, industriais, etc) sendo que maioria da população é composta de trabalhadores e camponeses.

9% de Mulheres, sendo que as mulheres são mais da metade da população brasileira.

8,5% de Negros, sendo que 51% dos brasileiros se auto-declaram negros.

Menos de 3% de Jovens, sendo que os Jovens (de 16 a 35 anos) representam 40% do eleitorado do Brasil.

 Olhando para esses dados, é praticamente impossível não chegar a conclusão de que “Esse Congresso não nos representa!!!” e que eles não resolverão os problemas que o povo brasileiro, em especial a juventude, levou às ruas em 2013.

 E para solucionar todos esses problemas fundamentais da nossa sociedade (educação, saúde, moradia, transporte, terra, trabalho, etc.) chegamos a conclusão de que não basta mudarmos “as pessoas” que estão no Congresso.

 Precisamos mudar “as regras do jogo”, mudar o Sistema Político Brasileiro. E isso só será possível se a voz dos milhões que foram as ruas em 2013 for ouvida. Como não esperamos que esse Congresso “abra seus ouvidos” partimos para a ação, organizando um Plebiscito Popular que luta por uma Assembléia Constituinte, que será exclusivamente eleita e terá poder soberano para mudar o Sistema Político Brasileiro, pois somente através dessa mudança será possível alcançarmos a resolução de tantos outros problemas que afligem nosso povo.

-  leia mais em:  http://www.plebiscitoconstituinte.org.br/o-que-%C3%A9-o-plebiscito-pela-constituinte#sthash.o0vWqyyC.dpuf