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sexta-feira, 24 de julho de 2015

Nestlé vai contratar 7000 jovens...

http://portal.mte.gov.br/imprensa/nestle-vai-qualificar-7-000-jovens.htm

terça-feira, 7 de julho de 2015

Brasil: onde racistas só se surpreendem com o racismo dos outros

"Não dá pra ter indignação seletiva, revoltar-se com o que aconteceu com a jornalista, mas calar-se quando é com o porteiro, com o menino da periferia"

Por Djamila Ribeiro — publicado na Carta Capital em 06/07/2015 19h12

Como foi bastante divulgado durante a semana, Maria Júlia Coutinho, carinhosamente chamada de Maju, a “garota do tempo” do Jornal Nacional, foi alvo de comentários racistas nas redes sociais. Rapidamente criaram-se campanhas de apoio a ela, pessoas manifestaram-se contra o episódio e a hashtag Somos todas Maju liderou o trend topics do twitter.

Obviamente que me solidarizo com Maju, como mulher negra que se coloca, sei o que é receber ofensas nas redes sociais de pessoas sem noção. Porém, o que me intriga é a falta de criticidade de muitas pessoas que se solidarizaram.

Quando eu vi algumas pessoas da minha rede de amigos ficarem surpresos com as ofensas, minha vontade foi dizer: queridinhas, é a mesma coisa que vocês faziam comigo na escola, lembram? Lembram meninos, que vocês corriam de mim na época da festa junina dizendo categoricamente: “não vou dançar com a neguinha?” Quase escrevi para um colega que estava revoltado se ele lembrava ter ficado surpreso ao saber que eu fazia mestrado em filosofia política e falava outros idiomas quando me conheceu e ainda disse surpreso “nossa, você é inteligente mesmo, se fosse loira seria um fenômeno”.

Aos que dizem “em pleno século XXI e isso ainda acontece” falta conhecimento da história do Brasil, de que esse país foi fundado no racismo, é estrutural. Eu fico surpresa com a surpresa dessas pessoas. Como eu sempre digo, não precisa ler Franz Fanon, basta ligar a TV. Num país com 52% de população negra, por que essas mesmas pessoas não se surpreendem com a ausência de negros na TV? Por que não criam uma campanha chamada Por uma TV menos eurocêntrica, por exemplo?

Quem trabalha com educação e ficou indignado está trabalhando com a lei 10639? Trata-se de uma lei de 2003 que alterou a lei de diretrizes e bases da educação e obriga a inclusão do ensino da história de África e afrobrasileiras na escola.

Interrompem a aula quando um aluno faz ofensas racistas a outro ou diz que isso é brincadeira e não faz nada?  Quem é empregador, contrata profissionais negras? É urgente que pessoas brancas discutam racismo pelo viés da branquitude, que se questionem. Que reflitam e perguntem a si mesmas: quantas vezes eu contribui com a baixa estima da minha amiga negra ao fazer piadas sobre o cabelo dela? Quantas vezes eu tentei destruir o sonho de uma pessoa negra por achar que a filha da minha empregada negra não podia fazer faculdade com meu filho e sim servir minhas próximas gerações? Quantas vezes eu naturalizei que mulheres negras deviam me servir em vez de entender que elas são empurradas a esses empregos por conta do racismo e machismo estrutural?

Os apresentadores William Bonner e Renata Vasconcellos posam com cartazes com a frase #SomosTodosMaju
Sem esses questionamentos não serve de nada mostrar indignação. De campanhas que não mexem nas estruturas e não se questiona privilégios já estamos fartas. Não adianta se revoltar com as ofensas que Maju sofreu julgando que essas são coisas isoladas, que só acontecem às vezes quando o racismo é uma realidade para a qual muitos fecham os olhos.

Não adianta se incomodar com essas ofensas e ser contra as cotas, ser fã do descerebrado do Gentilli, chamar militantes de vitimistas quando apontam racismo. Ou ainda ser a favor da redução da maioridade penal quando se sabe que essa só vai encarcerar jovens negros porque julga-se que jovens brancos ricos ou de classe média são aqueles que de boa família que cometeram um erro.

Não dá pra ter indignação seletiva, revoltar-se com o que aconteceu com a jornalista, mas calar-se quando é com o porteiro, com o menino da periferia.

No Brasil até quem se coloca contra certas atitudes racistas não sabe ou finge não saber como o racismo age. Racismo é um sistema de opressão que nega direitos, vai além de ofensas. Como diz Kabengele Munanga: “o racismo é um crime perfeito no Brasil, porque quem o comete acha que a culpa está na própria vítima, além do mais destrói a consciência dos cidadãos brasileiros sobre a questão racial. Nesse sentido é um crime perfeito”.

Toda solidariedade a Maju e toda indignação perante a hipocrisia. Sim, o Brasil é racista e o ódio racial contra a população negra existe desde que o primeiro navio negreiro aqui chegou.

Fonte: http://www.cartacapital.com.br/sociedade/somos-todos-maju-8558.html

quinta-feira, 2 de julho de 2015

A Culpa é de QUEM... ?

No ano passado; vejam bem, não faz tanto tempo assim... Houve eleições para Presidente da República, ganhou a Candidata do PT em detrimento do Candidato do PSDB. Até aqui, dentro das regras do jogo... ou seja pelo voto direto do eleitor. Pode - se questionar, reclamar o que for, o fato é que a Sra Dilma Rousseff foi reeleita democraticamente. Desde de então, a oposição a sua candidatura, e aqui não me refiro apenas ao partido do Sr Aécio Neves,  mais TODAS as forças sociais e econômicas que eram contrárias à esta reeleição. Podemos afirmar sem sombra de dúvida,  que entre eles estão a Folha de São Paulo  (que deixa clara sua posição em seus editoriais não assinados), assim como a Rede Globo, em suas mais diferentes versões. Se tratasse apenas de uma oposição que atuasse no campo das idéias, do debate franco e salutar... Não teríamos aqui quaisquer motivos para levantar suspeitas ou apontar culpados. No entanto, desde mesmo antes das eleições estes grupos vem fazendo ataques a dignidade pessoal e moral da Presidente da República,  e de seu antessessor. Ninguém tem que concordar com qualquer posicionamento político,  e todo posicionamento político deve estar sujeito a críticas. Mas quando

Começou a circular nesta quarta-feira (1) na internet imagens de carros com adesivos colados na entrada do tanque de gasolina, onde a presidente aparece de pernas abertas, com a entrada do tanque de gasolina ficando entre suas pernas - na prática: a ideia do adesivo é mostrar Dilma Rousseff sendo penetrada sexualmente pela mangueira de combustível (não, você não leu errado, é isso mesmo).

O tal "protesto" teria como motivo o preço da gasolina nos postos, que vem aumentando gradualmente ao longo do ano e começou a pegar pesado no bolso do consumidor. A revolta com o aumento dos preços é algo extremamente justificável, mas a questão é: o quanto isso é "legal" - tanto no sentido criminal quanto na qualidade do ato.

Vamos colocar as coisas em perspectiva é avaliar bem o significado por trás desse ato... ele (o protesto), e apenas um desdobramento "fora de controle" da violência motivada pela mídia de oposição contra o Governo, e não estou aqui para fazer defesa do governo, mais para fazer defesa sim da "VERDADEIRA MORALIDADE ", aquela se preocupa em ensinar seus filhos e não xingar,  não ofender,  a ser tolerante com outra opiniões, a aceitar as diferenças. VALORES MORAIS E ÉTICOS, que os senhores Parlamentares da Câmara de Deputados não tem qdo aumentam seus salários,  qdo roubam (várias investigações em andamento) , que retiram direitos civis.

Os gritos raivosos , e ofensas de baixo calão feitos contra as pessoas que defendiam a "Não Redução da Maioridade Penal ", demostrava já o nível baixo de posicionamento político e sem argumento. Derrepente todo mundo que era contra a "Redução" foi chamado de marginal, vagabundo e petista... e só pra ilustrar, inclusive o Juiz Joaquim Barbosa, que foi o "Grande Heroi" , eleito pela Oposição da Prisão dos ditos "Mensaleiros".

Não creio que com este (protesto) usando a imagem da Presidente, tenhamos chagado ao fundo do poço.  Tenho certeza que baixeza moral dessas pessoas pode descer ainda mais... e o pior de tudo tudo isso em nome de "DEUS, DA FAMÍLIA E DOS BONS COSTUMES"!